sábado, abril 29, 2006

por um punhado de centímetros...



Hoje, pouco faltou para que ocorresse no nosso Concelho uma horrível tragédia, daquelas que nos fazem pensar se em verdade o "destino marca a hora".

Pouco passava das 17 h. quando uma enorme placa de betão se soltou dum 4.º andar da Torre Soleil e se despenhou no parque de estacionamento do Pingo Doce de Sassoeiros, atingindo um veículo que aí se encontrava estacionado com duas senhoras no interior. Estas escaparam ilesas POR UM PUNHADO DE CENTÍMETROS, como é perceptível pela fotografia que apresento da viatura atingida. Bastaria que o carro estivesse um pouco mais à frente para que a placa tivesse entrado directamente pelo pára-brisas e tivesse esmagado as duas ocupantes.

Esta estória seria apenas mais um fait-divers dos muitos que diariamente ocorrem no nosso Concelho e que frequentemente não passam disso mesmo. Acontecimentos fortuitos. "Coisas que acontecem..." A importância que lhe dou tem outra razão de ser. O tratar-se, talvez, de um sintoma do mau estado geral de um edifício com cerca de 30 anos, que certamente merecia uma vistoria efectuada em condições pelas autoridades competentes. Estou a falar da Torre Soleil, na Quinta do Marquês, uma construção com cerca de 12 andares de altura, que por baixo alberga um supermercado Pingo Doce e uma Galeria Comercial com meia dúzia de lojas.

Como cliente quase diário tanto do Pingo Doce como da Galeria Comercial adjacente, sobretudo no Inverno, quando chove, já tive diversas oportunidades de constatar a existência de imensas infiltrações de água. É frequente esta pingar dos tectos no interior dos estabelecimentos.
Uma lojista com que falei confidenciou-me que quando, por alguma razão, removem as placas metálicas de revestimento dos tectos, estes apresentam-se negros da humidade.
A mesma lojista confidenciou-me também, palavras dela, que as tentativas de contacto, nomeadamente do Pingo Doce, com a administração do condomínio da Torre Soleil, no sentido de se procurar uma solução para o problema, caíram todas em saco roto, aparentemente por falta duma resposta efectiva da administração em causa.

Assim, sempre que chove, lá andam as empregadas do supermercado de balde e esfregona a limpar a água do chão e a espalhar baldes para apanhar a água nos pontos onde a esfregona nada resolve.
Já fiz posts a este respeito. Na altura com uma intenção puramente humorística, que designei por "o dia do balde", os quais estão AQUI e AQUI. Mal eu sonhava que o problema era sério, grave e mais profundo.

Primeiro a água que pinga do tecto, agora as placas de betão que se desprendem do edifício e põem em risco a vida dos cidadãos...
Calmamente vou aguardar pela derrocada do edifício (se nada for feito entretanto que nos dê garantias de alguma segurança). Só espero é, como morador num edifício próximo, que a torre caia para o lado oposto e não me entre pelo 'scriptorium', danificando o meu ganha-pão....

As fotografias: Numa vê-se a viatura atingida e a placa de betão. Na outra, os bombeiros trabalham para remover duas outras placas contíguas que ameaçavam colapsar.

N.B.: Quero deixar bem claro que não sou arquitecto ou engenheiro civil. Tenho a noção do quão pouco sei a respeito destas matérias. O único interesse que me move é o de um cidadão e munícipe preocupado com a segurança e a qualidade de vida de todos nós. E se me for permitido fazer humor com uma questão séria, contribuir dentro das minhas parcas possibilidades para não sermos um povo "gaulês" e não "termos medo que o céu nos caia em cima"...

fotos: 28 ABR 2006, ca. 17:30, in loco © josé antónio 2006.

segunda-feira, abril 24, 2006

lembrete




Em primeiro lugar quero recordar que ainda vão a tempo de visitar a Exposição "O Palácio de Belém - Uma Exposição de Fotografia", patente ao público no Palácio Ribamar em Algés, até ao próximo dia 14 de Maio.
Já tive oportunidade de a visitar, aquando da inauguração, e recomendo-a vivamente. Esta é uma agradável forma de, através das excelentes fotografias — em preto e branco — de José Manuel, olharmos para lá dos muros que cercam o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, e ficarmos a conhecer alguns dos espaços do palácio aos quais certa e dificilmente teremos acesso.

De caminho aproveitem já agora, para quem gosta de livros, para dar um pulinho à recém-inaugurada Feira do Livro, ali mesmo ao pé da Estação da CP de Algés. Esta Feira está aberta ao público das 9 h. às 22 h. até 10 de Maio.
Quem sabe se não terão a sorte de no dia em que lá forem encontrarem em promoção e a um preço mais convidativo aquele livro...? Ou mesmo começar a juntar alguns 'calhamaços', antecipando as compras de Natal?

BOM FERIADO E BOAS VISITAS !!!

fotos: © josé antónio 2006

quinta-feira, abril 13, 2006

O Palácio de Belém - Uma Exposição de Fotografia


Não disponho, infelizmente, de informação complementar sobre esta exposição, cuja inauguração ocorrerá no dia 18 pelas 18h., além da que vem no convite e que aqui disponibilizo. A Produção da mesma é da responsabilidade do Museu da Presidência da República e da Câmara Municipal de Oeiras.

Galeria Municipal Palácio Ribamar, Alameda Hermano Patrone, Algés.
18 de Abril a 14 de Maio de 2006.
Terça a Domingo.
10h. às 13h. e 14h. às 18h.

N.B.: Aproveite a deslocação à exposição para se deliciar na contemplação do próprio Palácio Ribamar, austera jóia arquitectónica do séc. XVIII, mandado edificar pelo Conde Vimioso, D. Francisco Paula Portugal, em terrenos do Convento de S. José de Ribamar. Este palácio pertenceu sucessivamente ao Conde da Foz e ao Conde Cabral. Uma nota deveras curiosa é que entre 1920 e 1928 nele funcionou um casino. Desde 1962 é propriedade da Câmara Municipal de Oeiras.

imagem: digitalização do convite enviado pela C.M.O.

quinta-feira, abril 06, 2006

DESENHO ETNOGRÁFICO DE FERNANDO GALHANO


Exposição

DESENHO ETNOGRÁFICO DE FERNANDO GALHANO

9 de Abril a 7 de Maio de 2006.
Terça-feira a Domingo.
14:00 às 18:00.
Galeria Municipal Lagar de Azeite.
R. do Aqueduto, Palácio Marquês de Pombal, Oeiras.

Nota: FERNANDO GALHANO (1904-1995) foi investigador-etnógrafo, desenhador e pintor, e um dos fundadores do Museu de Etnologia de Lisboa.
Em colaboração com Jorge Dias, Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamim Pereira e outros, participou em trabalhos que versaram temas tão diversos como a arquitectura popular, alfaia agrícola, sistemas de transporte, cestaria, olaria, tecnologia têxtil, sistemas de moagem e pesca.

ilustração: extraída do convite da C.M.O.