quarta-feira, novembro 24, 2010

GREVE GERAL



GREVE GERAL

[ greve ]

24 Novembro 2010


Durante as próximas 24 horas não haverá publicações porque estamos em GREVE!


In the next 24 hours there will be no publishing because we are in STRIKE!


ilustração © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


segunda-feira, abril 26, 2010

Encontros de História e Património - 1


De acordo com o agendado e tal como tínhamos noticiado [ aqui ], decorreu no último sábado, dia 24-04-2010, a sessão de lançamento do primeiro volume dos Encontros de História e Património, o volume Diálogos em Noites de Verão 2006-2007.


Do evento damos aqui um breve apontamento em vídeo:



Este vídeo está no YouTube [ aqui ]


vídeo © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


domingo, abril 25, 2010

25 ABRIL SEMPRE !!!


25 ABRIL SEMPRE !!!

desenho © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.

segunda-feira, abril 12, 2010

Ponto final no parque infantil


Abordámos esta matéria [ aqui ], [ aqui ] e [ aqui ]. Hoje apresentamos o que constatámos ao passar no local e nos parece sem dúvida ser o ponto final no assunto.

Ficamos por aqui.


remodelação do local do antigo parque infantil

09-04-2010


fotografia © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


domingo, março 28, 2010

ainda o parque infantil


pormenor do parque infantil removido


Sobre esta matéria de que temos vindo a falar [ aqui ] e [ aqui ] recebemos via email:


Vai fazer em Maio 1 ano, que entrou em vigor a nova legislação dos EJR. Para quem não domina o dialecto, espaços de jogo e recreio.

A famosa ASAE (tudo gente mansa) passou a substituir o IDP na fiscalização destas estruturas.

O nosso Tio Isaltas não correu riscos. Mandou de imediato encerrar todos os parques. Crencas com a justiça já lhe chega.

Resta saber, se esse parque, no ver da CMO, tem utilização que justifique a remodelação e adaptação à nova lei.

Recomendo que vejam o que pensam fazer, e se é do interesse dos moradores.

Tb há a possibilidade da estrutura passar de recreio infantil a juvenil.

Teresa


Aproveito este texto para deixar o meu comentário:


Devo mencionar que o meu interesse neste parque não é o de um pai, pois não tenho filhos.

Esporadicamente sou visitado por crianças minhas sobrinhas que, elas sim, utilizam o parque quando cá vêm. Mas é mesmo muito esporádico pelo que deste ponto de vista o parque não me é muito importante.


Subsiste sim a minha sensibilidade de cidadão e munícipe às necessidades dos residentes nesta enorme urbanização que é a Quinta do Marquês, constituída maioritariamente por edifícios de 8 andares com 3 fracções por andar [ 24 / prédio ].


Pelo que me apercebo, há centenas de crianças nesta zona que muito podem beneficiar de um parque infantil. Elas e os respectivos pais, que assim têm um lugar seguro para estarem com os filhos entretidos durante um bom pedaço de tempo, coisa que, como sabemos, as crianças agradecem pois adoram brincar, e já agora conviver e interagir com outras crianças, grande vantagem destas estruturas, visto que o mundo moderno já não permite que as crianças brinquem à solta na rua como acontecia quando nós tínhamos a idade delas.


Ficam também algumas imagens para mostrar o enquadramento urbanístico do parque infantil demolido.


vista aérea de parte da Quinta do Marquês na zona do parque infantil, através da qual é perceptível a dimensão dos edifícios e da urbanização

fonte: Bing Maps


vista aérea perpendicular da Quinta do Marquês,

na qual assinalámos o parque, existente à data da fotografia,

e os limites aproximados da urbanização

fonte: Google Earth


a Quinta do Marquês na planta da freguesia de Oeiras e São Julião, disponível online pela autarquia de Oeiras

fonte: CMO


fotografia de abertura © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


domingo, março 21, 2010

parque infantil - actualização 01


18-03-2010


Sobre esta matéria que aqui publiquei, ontem foi-me dito por uma pessoa geralmente bem informada que este não é caso único no nosso concelho de Oeiras.


Segundo a informação que a pessoa me deu, a ASAE multou a Câmara devido ao mau estado de 3 parques infantis que apresentavam, p. ex., madeiras partidas e lascadas e pormenores do tipo, naturalmente potencialmente causadores de danos e ferimentos nas crianças que os utilizassem.


Assim, decidiu a Câmara interditar um número que desconheço de parques - um deles o do Bairro da Medrosa, segundo informação dum morador - e também demolir outros.


Para já é o que sei e posso adiantar.


fotografia © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


sexta-feira, março 19, 2010

aqui havia um parque infantil...


Aqui, na Quinta do Marquês, a poente do entroncamento da Rua da Quinta da Serra com a Rua Professor Egas Moniz, onde existe um aprazível jardim, havia um excelente parque infantil, como se vê nas seguintes imagens. Um parque muito frequentado pelas crianças dos prédios vizinhos.


28-10-2003

28-10-2003

22-03-2004


Havia... Porque já não há. O mesmo foi demolido e desapareceu, como ontem constatámos.

Começamos por estranhar a falta de licença de obra. Se esteve lá, foi com o parque.


18-03-2010

18-03-2010


Questionamos:


- Porque foi retirado o parque?

- Tinha problemas de segurança? Neste caso talvez bastasse interdita-lo e solucionar os problemas.

- Irá ser substituído por outro parque melhor ou a ideia é aproveitar o espaço para outros fins?

- Irão as crianças ficar privadas dum espaço de divertimento, lazer e recreio?


Vamos ficar de olho no assunto!


fotografias © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


quarta-feira, março 17, 2010

ave ou ovni...


Ontem, pouco depois de almoço, regressava eu a casa após ter ido à tabacaria do costume - não, não é a do Álvaro de Campos - abastecer-me de cigarros quando, como muitas vezes faço, parei à entrada do meu prédio próximo dum belo exemplar de Yuca ali existente, na esperança de nele ver, para além dos habituais pardais, um ou outro melro, visita também usual.


A minha intenção era fotografar e/ou filmar algum exemplar desse interessante espécime de ave que por aqui ainda vai sobrevivendo.

Ando sempre com a máquina fotográfica e a camcorder para aproveitar oportunidades que surjam de registar coisas interessantes, seja o que for.


Assim, ali estava eu qual papalvo a olhar para cima, para a copa da Yuca e a olhar também ao derredor para o ar e para os prédios, de onde de vez em quando voavam ou pousavam alguns pombos.


Num destes prédios, aliás, existe um falcão peneireiro, que por vezes oiço e já vi passar a piar, lançado como um foguete em direcção à Quinta do Barão, onde vai certamente caçar e alimentar-se. Há uns anos eram um casal, mas um deles desapareceu.


No meu deambular visual olhei para o bosquete da mencionada quinta, a cerca de 90 metros do ponto onde me encontrava.

Reparei então que sobre uma ramada duma alta e muito despida árvore estava uma mancha negra de razoável dimensão cujo contorno me lembrava uma ave.


Devo parar aqui esta narrativa para esclarecer que as minhas limitações visuais me fizeram perder a excelente acuidade visual que eu tinha, e que me foi difícil perceber bem e nitidamente a imagem.


Aquilo era para mim apenas uma mancha negra, mas movia-se. Isto era relevante e significativo.

Pela forma da mancha, pelos movimentos, pela pose sobre a ramada, deduzi que se tratava indubitavelmente duma ave. Mas que género?

Àquela distância e daquele tamanho teria que ser algo de grande porte, digamos ao nível de um pavão.


Fiz então o habitual. Uma fotografia e um vídeo.

Pouco se consegue ver pois a qualidade é muito fraca mas penso que dá para ter uma ideia.


Pouco depois a ave levantou voo e, então sim, as dúvidas, a existirem, dissiparam-se e consegui perceber que ela era esguia e tinha uma cauda longa.


Confesso, fiquei curioso em saber que ave era aquela!


a ave está mais ou menos ao centro da imagem

a ampliação possível

a ave empoleirada mais ou menos ao centro


fotografias e vídeo 16-03-2010, 14h57-15h07 © josé antónio • comunicação visual


domingo, março 14, 2010

Crónicas da Sala de Espera


capa do livro


Pedro Beça Múrias tem 47 anos e é jornalista.

Tendo ultrapassado um cancro, a sua experiência chega agora até nós sob o formato de livro. [ in Fnac Agenda, 01-15 Março 2010, p. 20 ]


Eu não podia faltar a um acontecimento tão importante e no dia 10 fui à Fnac Chiado ao lançamento do livro do Pita, como o conhecemos entre amigos de infância e de bairro.

Numa sala acolhedora repleta de amigos e convidados, entre os quais reencontrei amigos que não via há muitos anos, o Pedro disse-nos da sua terrível experiência e razão deste livro.

Uma obra cuja leitura recomendamos vivamente, pois trata-se dum pugente testemunho de vida, de vontade e de coragem que muito nos pode ensinar.


Parabéns ao Pita pela sua força e coragem e pelo livro!


Desejos dum futuro repleto de realizações e felicidade!


Forte Abraço do Zétó!


Pedro Múrias a autografar livros


O Pedro Beça Múrias está no Facebook [ aqui ].


fotografia da capa do sítio internet Fotos de Bairro da Medrosa no Facebook [ aqui ].

fotografias © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.


quinta-feira, janeiro 07, 2010

Aconteceu no Liceu de Oeiras

CLIQUE PARA AMPLIAR

Infelizmente não sei a data deste recorte nem de que jornal o tirei. Mas há muitos antigos alunos que se lembram deste episódio, como eu que estive envolvido neles e bem me lembro de ver, no átrio do Liceu, o dirigente local da U.E.C., Pedro Filipe, à pancada com um elemento destacado do M.R.P.P., cujo nome não recordo, e que o tinha agredido com um caixote de lixo de madeira.
Lembro-me também de subitamente por cima das nossas cabeças - estávamos no átrio - vinda do exterior, da escadaria, ter passado uma pedra a voar que acertou em cheio no cartaz, furou-o, atravessou o vidro, partindo-o, e foi acertar na cara duma aluna que estava, junto com dezenas de outros alunos, no corredor em frente, o chamado "do ginásio grande".

Enfim, estas cenas não eram frequentes, felizmente, mas foi assim que se viveu o PREC no Liceu de Oeiras.

sábado, outubro 31, 2009

O Liceu de Oeiras no 'nós por cá'



Sob o título Sol ou sombra? Requalificação da Escola Secundária de Oeiras arranca todas as árvores, o programa nós por cá da SIC apresentou em 27-10-2009 a reportagem que efectuou referente ao abate de árvores no Liceu de Oeiras, assunto que abordámos em 28-09-2009
aqui, em 03-10-2009 aqui e em 17-10-2009 aqui.

Regressamos hoje ao tema para disponibilizar a quem não teve oportunidade de a ver, a mencionada reportagem do nós por cá:


fotografia: 19-02-1988 © josé antónio • comunicação visual

sábado, outubro 17, 2009

Liceu de Oeiras - opinião duma leitora


Na sequência da nossa peça atentado terrorista de lesa-património natural e paisagístico, que em 30-09-2009 publicámos aqui, recebemos via email com pedido de publicação o seguinte texto:


Qualquer projecto de reabilitação urbana deve analisar os valores patrimoniais do objecto de intervenção, identificar os elementos que o caracterizam, que fazem parte da sua história e da sua identidade para os preservar e valorizar. O património natural de uma instituição não tem menos valor que o património construído. Um e outro, definem um todo, que contribui para a identidade da instituição e para a riqueza de uma região.


Qualquer projecto de reabilitação que não respeite isto é gratuito, é um projecto insensível que não respeita os utentes, nem a história do objecto a intervencionar, pelo que será sempre uma forma agressiva de intervenção. O espaço habitável não é propriedade do seu criador, nem do reabilitador, ele é público. Arrasar o existente, neste caso o património natural da antigo Liceu de Oeiras, hoje E. S. Sebastião e Silva de forma indiscriminada, para reconstruir novo, por decisão unilateral das forças do poder, além de ser uma atitude agressiva, abusiva, é um atentado ecológico sobre uma zona verde, com uma escala muito considerável, dada pelos anos e pela variedade das espécies de muitas árvores, a qual dava uma envolvência e uma climatização especial a quem fruia o seu espaço interior e exterior.


Qualquer razão que pretenda dar predominância a um determinado tipo de arborização, (vegetação mediterrânica, segundo informação obtida) será válida, mas essa opção teria sempre que respeitar os exemplares magníficos que faziam parte da identidade da Escola e que professores e funcionários ensinaram a preservar. A escola ensina, entre muitas coisas, a preservar o património, entendido este em sentido lato. A lição, que os alunos tirarão deste atentado ecológico, é que basta ter poder, para atentar contra o esse mesmo património.

Onde está a cidadania na atitude de arrasar a zona verde da Escola?


Por outro lado a sociedade portuguesa é e sempre foi multicultural, a própria fauna e a flora das várias regiões foi-se enriquecendo com a variedade de espécies que foram levadas de umas regiões, de onde eram naturais, para outras. Então porquê acabar com essa riqueza de exemplares de várias espécies do património natural da Escola, onde exactamente, por ser escola, a variedade de espécies deveria ser assumida como um atributo valorativo do património natural. Se a escola é multicultural, porquê uniformizar a vegetação com o sacríficio de várias espécies. A lição que o cidadão deve tirar deste abate das árvores, é que, para as forças do poder, uniformizar é um objectivo que justifica o crime ecológico, que feriu a identidade e o valor patrimonial da Escola.


Claro que, também não se pode deixar de pensar, que o abate, o corte, o transporte, a compra e a plantação de novas unidades é uma dinâmica que economicamente interessará a muitos. Mas recuso aceitar que o interesse económico prevaleça sobre o valor ecológico e o valor patrimonial da Escola.

Como cidadã e como professora, que fui da Sebastião e Silva, deixo aqui a minha indignação.

Helena Gonçalves


nota: As linhas brancas são da nossa responsabilidade para facilitar a leitura.


sábado, outubro 03, 2009

da caixa de comentários


Este comentário foi colocado na peça imediatamente abaixo desta, intitulada "atentado terrorista de lesa-património natural e paisagístico". Pela sua importância decidimos dar-lhe mais visibilidade.

As entrelinhas em branco são da nossa responsabilidade, para facilitar a leitura:


"É com prazer que reconheço as fotos que consegui tirar com o telemóvel quando aquele acto de vandalismo estava a ser concretizado. Na sequência redigi com uma amiga o texto do abaixo assinado que numa semana recolheu mais de 300 assinaturas e que entreguei em mão no minstério da educação e na Parque Escolar.O tempo era curto e as pessoas envolvidas no protesto, muitas delas a trabalhar no liceu de Oeiras sentiram da parte da direcção da escola hostilidade que podia levar a intimidação pelo facto de se sentirem indignadas e solicitarem explicações.Só espero que contribua para a divulgação da "ocorrência"que infelizmente é mais uma das muitas que cada vez mais sucedem pelo país fora e com o maior dos despudores e que infelizmente só se conseguem travar quando divulgadas nos media, já que podem por em risco resultados eleitorais, negócios e "empregos".


O caso do liceu de Oeiras parece envolver inúmeros interesses, sendo os mais notórios, os dos poderes nacionais e locais -apresentar obra feita em propaganda eleitoral- e os da Empresa Parque Escolar, que teve carta branca do governo para gerir verbas astronómicas de fundos europeus, libertadas para o governo pelo banco central europeu.


Com elas se decidiu requalificar os edifícios das escolas portuguesas, objectivo que o governo definiu como prioritário para a melhoria da educação pública.

A Parque Escolar tratou de enunciar como estratégia um conjunto de requisitos que passaram a essenciais para os muito repetidos "desafios do futuro ", onde estará sempre presente, qual divindade da nova era, o mundo digital.


Mas não só. Déspotas esclarecidos pretendem dotar JÁ e talvez julgando que para a eternidade as escolas com espaços projectados de propósito par albergar um tipo de ensino, de curriculos, de conteúdos e de metodologias. Não se verificou no entanto em paralelo nenhuma tentativa de estudo sério dos programas nem das estruturas curriculares, continuando o ensino secundário em Portugal a produzir alegremente gerações de analfabetos e de seres humanos incapazes de ler, racicionar, questionar e decidir.E uma reforma do ensino que custa milhões de euros gastos em operações de cosmética e de propaganda.


Nessa operação concertada vários interesses avançam: as empresas de construção e venda de equipamentos contratadas por ajuste directo, os interesses locais nos futuros in vestimentos que poderão valorizar o solo e o edificado, para o aumento das receitas nos impostos. Em simultâneo a ignorância científica e a cada vez maior iliteracia da população, é justificada com a má qualidade dos professores que interessa castigar, até porque a população aplaude.


Reina portanto o pato bravismo e o novo riquismo no país e na educação.

No caso das obras no liceu de Oeiras, a "requalificação da escola" teve requintes. Considerou a Parque Escolar e o ministério, essencial para essa requalificação, a tábua rasa sobre a memória. Pretende-se talvez um cidadão novo acéptico e pouco pensante, onde não terão lugar quaisquer préexistências.


Para esse fim julgou decerto politicamente incorrectos os jardins do liceu onde a imponência de muitas das árvores que com o passar dos anos conferiram dignidade aos espaços exteriores e definiam uma forte identidade ao lugar onde todos sentiam uma sensação de pertença.

Tratou-se portanto de uma intervenção (des)educativa regime: as àrvores cortadas são a metáfora do abate dos valores que justificam a época onde, sem ideologia, a sociedade se vai afndando em fundamentalismos fanáticos."


segunda-feira, setembro 28, 2009

atentado terrorista de lesa-património natural e paisagístico



Um sinistro 'atentado terrorista', de contornos quasi kafkianos, foi e continua a ser perpetrado por energúmenos - que outra coisa lhes poderei chamar?! - que se auto-denominam arquitectos e engenheiros na Escola Secundária Sebastião e Silva - o antigo e nosso mui estimado e amado Liceu de Oeiras!

Sim, esse, o das grandes e belas recordações da nossa adolescência. Das nossas ambições, dos nossos êxitos e fracassos, dos nossos sonhos, do nosso experimentar e testar as pessoas, a vida e o mundo, dos nossos namoricos efémeros, da nossa vida enfim.



Inaugurado em 18 de Outubro de 1952, este estabelecimento de ensino, de grandes tradições, era até há poucos dias, um dos melhores exemplares da arquitectura de Estado Novo para esta tipologia de edifícios.


Ao longo dos seus 57 anos de existência, poucas ou nenhumas foram as alterações que lhe fizeram na traça original, pelo que qualquer estudante de arquitectura ou história o podia utilizar como modelo de arquitectura da mencionada tipologia.

A maioria das alterações passaram apenas por construção, efémera, de pré-fabricados e pequenos acrescentos nos pátios exteriores.


O triste e funesto drama que o Liceu de Oeiras está a viver conta-se em poucas palavras:

O Ministério da Educação decidiu - 2007 ou 2008 - promover obras de melhoramento no edifício, e avançou com um projecto de intervenção. Não foi questionada a justeza do mesmo, pois o edifício apresentava alguns aspectos de degradação interior, como humidade, e necessitava de intervenção para melhorar as condições de trabalho.

O projecto foi aprovado pela autarquia e as obras avançaram, cremos que em meados de Agosto último.


O que ninguém augurava é que a coberto dessa intervenção, que se pensava seria apenas no edifício em si mesmo, em particular e só no interior, se assistisse a uma intervenção também nos espaços exteriores, na envolvente paisagística, nomeadamente nos pátios, densamente arborizados com magníficos espécimes de árvores - amendoeiras e tílias, p.ex. -, também elas sem dúvida, além do edifício, património, pois estavam perfeitamente integradas na paisagem envolvente do edifício, sendo que muitas, não duvidamos, pelo seu porte seriam da data de construção do Liceu - 57 anos, recordemos. Ora acontece que diversas destas espécies foram abatidas, arrancadas, e outras têm o mesmo destino prometido. Fala-se em números que rondam os 130 exemplares de árvores arrancadas!!


Que os espaços exteriores pudessem ser alvo de alguns melhoramentos, aceita-se e compreende-se.

O que consideramos um verdadeiro acto de terrorismo é o corte daqueles belos e enormes exemplares de espécimes arbóreos, cada vez mais raros na nossa paisagem. Árvores perfeitamente integradas nos espaços a que pertenciam, e que proporcionavam abrigo nas suas copas a centenas de avezinhas que as procuravam, quer para construir ninhos, quer para se alimentarem de insectos, assim como abrigavam as pessoas da chuva, que as procuravam em chuvosos dias de Inverno, ou do sol inclemente nos dias quentes de Verão.


Ficam aqui algumas fotografias do Pátio da Amendoeira, antes e depois do atentado, onde se pode apreciar a profusão e diversidade de espécimes que existiam e desapareceram:



Mais fotografias podem ser vistas no Flickr:


- Fotografias do Liceu ANTES das obras, em várias datas: http://www.flickr.com/photos/42019201@N05/sets/72157622459745684/


- Fotografias do Liceu AGORA, após início das obras: http://www.flickr.com/photos/42019201@N05/sets/72157622336707297/


nota 1: Está a correr um abaixo-assinado (papel) sobre este tema.


nota 2: O programa "Nós por Cá" da SIC esteve na ESSS, após lhe ter sido feita uma denúncia, e aguarda-se que a reportagem seja exibida.


nota 3: Foi igualmente efectuado um contacto com a Quercus, aguardando-se desta uma resposta.


Sobre a história interessantíssima do vetusto Liceu Nacional de Oeiras, clique aqui.


Aceda também à Associação de Antigos Alunos e Amigos do Liceu Nacional de Oeiras / Escola Secundária Sebastião e Silva, aqui. Se lhe agradar e for do seu interesse, convidamo-lo a registar-se no site.


Não fiquemos indiferentes aos desmandos desta corja de tecnocratas despudorados e sem rumo que destroem o nosso património natural !!