A P.d.I. não perdoa e as memórias estão cada vez mais longínquas.
Faço um esforço para recordar mas as imagens fundem-se e confundem-se num nevoeiro seco e áspero que as torna difusas e quasi irreais.
E isso dói.
Dói sempre que tento contar a alguém, ou a mim mesmo, como foi e como era.
E assim aqui está este ensaio de registar o que um dia desaparecerá para sempre na voragem de cronos como se nunca tivesse existido.
Talvez nunca tenha mesmo existido...
Nem sempre vivi em Oeiras.
Já lá vão uns bons 35 anos, desde que aqui cheguei carregando na sacola os meus 12 anos vividos na província. E como isto era diferente...!
É isto que quero contar. Sem nenhuma ordem especial.
À medida que me for lembrando, assumindo os enganos causados pela distância temporal e o desaparecimento das referências que mantinham viva a memória, irei colocando aqui as estórias, os locais, as pessoas, os sentimentos, as emoções, as paixões, as razões, a falta delas...
A memória nostálgica é o motor do eterno retorno...
Sem comentários:
Enviar um comentário